Hoje uma raridade (quase ninguém conhece, mesmo os "amalieiros"), "Abandono" é uma das cinco ou seis coisas maiores que Amália cantou - e também uma das cinco ou seis canções de "mensagem política" mais extraordinárias de sempre em português, letra e música incluídas no juízo de valor. Numa das últimas entrevistas, referindo-se a "Abandono" (também chamado "Fado Peniche", pelas conotações políticas muito óbvias), a cantora disse que o gravou sem se ter apercebido de que estava a cantar um poema de fortíssimo teor político e que Alain Oulman não lhe tinha feito a menor alusão a isso. Agora, como é que ela canta assim sem perceber nada (se é que falou verdade), isso é um mistério da natureza. Seja como for, este fado nunca fez parte do reportório habitual de Amália, tendo sido um dos muitos que apenas gravou.
Algumas imagens que acompanham a gravação fazem referência ao Brasil, o que não vem a propósito, mas é o que se tem, e já é muito.
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