quarta-feira, 11 de junho de 2008

Portugal no seu melhor: a agonia do Latim, por exemplo



Veio nos jornais, a partir da agência Lusa: o número de alunos a aprender Latim diminuiu 80 por cento nos últimos dois anos e só em 4 por cento das escolas secundárias se ensina hoje a disciplina, aliás a turmas com o mínimo de alunos. Trata-se, tão-só, da língua que veiculou o essencial da cultura ocidental (de que somos herdeiros, quer o queiramos quer não, quer o saibamos quer não), para além de constituir as fundações da nossa língua, que é hoje falada por quase 200 milhões de falantes.
Por este andar, dentro de poucos anos, na maioria das escolas não vai haver um único professor de Língua Portuguesa/Português - aliás, já há bem poucos - que tenha estudado ao menos um ou dois anos de Latim.
Calculo que os da educação devam estar impantes. Aí está um dado do nosso progresso: os jovens do choque tecnológico não querem saber da língua da padralhada para nada!
E, no entanto, por exemplo, no Reino Unido, cuja língua não é românica (embora dois terços do seu léxico sejam de matriz greco-romana), entre 2004 e 2007 mais do que duplicou o número de secundárias a leccionar a disciplina e há mesmo 2500 escolas do 1º ciclo que dão às crianças introdução ao Latim para as ajudar na aprendizagem da gramática inglesa.
Nem apetece ser irónico.

1 comentário:

Raramente ociosa disse...

Bom dia.
Na ecola do meu filho havia aulas de latim para os meninos do 3º e 4º ano, mas a professora deixou de ter disponibilidade. Sabe onde posso procurar quem a substitua? Obrigada.
S.