Fidel vai abdicar em favor do irmão e, tudo indica, morrerá tranquilamente na sua cama. Acontece aos piores. Sair de cena, agora e nas condições em que o faz, já não o redime de nada, porque já nada o pode redimir. Com o fim da Guerra Fria, o homem foi-se tornando cada vez mais patético. As palavras revolução e socialismo definharam na sua boca, escancarando a mentira, a miséria, o pesadelo. Cuba transformou-se toda numa prisão de miseráveis mais ou menos resignados - todos os que não fugiram ou não puderam fugir.
O niilismo democrático em que vivemos - que não sei se ainda coincide com "o pior de todos os regimes a seguir a todos os outros" - só agradece o exemplo.
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